sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ômega 6 e Alzheimer


Ao contrário do que pensam, a ingestão de gorduras na dieta apresenta alguns benefícios, sobretudo se estas gorduras fizerem parte da série de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6, estes são os mocinhos da nutrição. A fama de bom moço vem do fato de que a ingestão de tais lipídios possui uma série de benefícios para o organismo tais como: ajuda a reduzir danos vasculares, evitando a formação de coágulos (trombose) e de depósitos de gordura (aterosclerose); reduz o colesterol total e o LDL sanguíneo na substituição dos ácidos graxos saturados por poliinsaturados; regula a temperatura do corpo e a perda de água e atuando positivamente no sistema imunológico. As principais fontes de ômega 6 na nossa dieta são:

- Linhaça dourada
- Óleo de Milho
- Óleo de Soja
- Óleo de Girassol
- Leite
- Ovos
- Carne Animal
- Peixes de água quente
- Açafrão
- Óleo de Girassol
- Nozes

Entretanto, nem tudo é benéfico no consumo de ômega 6, ao menos é o que indica uma pesquisa realizada no Instituto para Doenças Neurológicas Gladstone ,na Califórnia. Nesse estudos, os pesquisadores concluíram que o ômega 6 era o responsável pela destruição de células relacionadas à memória no cérebro de ratos de laboratório.

O ômega 6 no cérebro interfere na membrana que protege o cérebro de toxinas. As mudanças observadas são as que se referem ao aumento do ácido araquidônico no hipocampo ( região do cérebro relacionada à memória que é afetada no alzheimer).


Ácido Araquidônico

No sistema nervoso, o ácido araquidônico é o responsável por produzir uma membrana entre o cérebro e o sangue, a qual age como um filtro, protegendo os neurônios das substâncias tóxicas que circulam pelo plasma. Esse estudo revelou que a ingestão de grandes quatidas de ômega 6, aumenta a concentração de ácido araquidônico, fato que é extremamente danoso, como explica o Dr. Sanchez-Mejia: "O ácido araquidônico parece gerar confusão nos camundongos com Alzheimer causando-lhes muita excitação, o que faz os neurônios adoecerem. Baixando os níveis do ácido nós permitimos que os neurônios funcionassem normalmente."

No cérebro, o ácido araquidônico, ácido graxo essencial da família dos ômega ,é liberado pelos fosfolipídios por uma enzima chamada PLA2 (fosfolipase A2). Os cientistas, sabendo desse mecanismo resolveram, por meio da engenharia genética, baixarem os níveis de PLA2 nos camundongos que eram portadores de Alzheimer. essa redução, foi acompanhada da redução parcial da deficiência de memória e dos distúrbios comportamentais dos animais portadores da DA.

Entretanto, apesar desses resultados obtidos em ratos de laboratório, não devemos ficar alarmados e banir alimentos que contenham ômega 6 da nossa dieta. Nesse caso, como ainda carecemos de estudos que abordem com mais profundidade os efeitos desses ácidos graxos na doença de Alzheimer, é recomendável o consumo moderado, uma vez que o ômega 6 proporciona uma série de benefícios para o organismo, como já foi citado anteriormente. Vale lembrar que uma dieta equilibrada é uma boa maneira de se prevenir os efeitos do Alzheimer.


Fontes:

1)http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/20/e201025747.html

2)http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=acido-graxo-omega-6-destroi-neuronios-e-piora-alzheimer

3)http://www.science20.com/news_account/study_omega_3_oils_reduce_chances_of_alzheimers_omega_6_oils_increase_it

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