sábado, 7 de agosto de 2010

Britney Spears ajuda diagnóstico de pacientes com risco de Alzheimer




Não, A cantora pop, Britney Spears, não doou milhões de dólares para algum centro de pesquisas da DA, mas seu nome e o de muitas outras celebridades ajudou a equipe de pesquisadores da Cleveland Clinic a encontrar uma maneira de diagnosticar pacientes de risco antes dos sinais da doença aparecerem.

Acontece que quando as pessoas que estão em maior risco de Alzheimer tentam reconhecer um nome famoso, o cérebro é ativado de modos muito diferentes daqueles das pessoas que não estão em risco. E os cientistas podem ver realmente essa diferença usando ressonância magnética funcional.

Na revista Neurology, uma equipe liderada por Stephen Rao, um especialista em imagens cerebrais, descreve um estudo de 69 homens e mulheres saudáveis com idades entre 65-85 anos.Os pesquisadores dividiram o grupo em três: os que não tinham fatores de risco para a doença de Alzheimer, aqueles que tinham um histórico familiar da doença, mas nenhum indicador genético, eles próprios, e aqueles que tiveram ambos, os membros da família com a doença de Alzheimer, bem como a proteína chamada apolipoproteína E4 (ApoE4), que tem sido associada à condição. Eles fizeram um exame em uma máquina de ressonância magnética com todos os participantes, e quando os voluntários estavam lá, viram nomes de famosos e não tão famosos que passavam na frente deles.

A equipe de Rao descobriu que quando os voluntários viram nomes como Britney Spears, George Clooney, Albert Einstein e Marilyn Monroe, aqueles que estavam em maior risco de desenvolver Alzheimer - os com a genética e a história familiar - mostraram altos níveis de atividade no hipocampo, cíngulo posterior e nas regiões do córtex frontal, todas áreas envolvidas na memória. O grupo controle apresentou o padrão oposto.Seus cérebros tornaram-se mais ativos quando viram nomes pouco conhecidos.

Isso poderia significar que as pessoas em situação de risco estavam trabalhando duro para reconhecer as celebridades muito conhecidas, compensando, com outros neurônios, aqueles já danificados ou destruídos, que não estavam em funcionamento, enquanto o grupo controle teve que lutar só ao tentar registrar os nomes dos pouco conhecidos.

"Nós todos sabemos que o cérebro muda metabolicamente numa fase muito precoce da doença, bem antes que os sintomas clínicos apareçam. Esse tipo de técnica valida esse conceito." diz o Dr. Ralph Nixon, um psiquiatra da Universidade de Nova York e vice-presidente do Conselho Consultivo médico e científico da Associação de Alzheimer.

A idéia não é necessariamente para diagnosticar precocemente a doença de Alzheimer, diz Rao. Mas os estudos de imagem podem ajudar a identificar os mais vulneráveis ao declínio cognitivo, para que possam participar em ensaios clínicos de novos medicamentos destinados a adiar ou reduzir os sintomas. "Se pudermos retardar o aparecimento da doença de Alzheimer por cinco anos", diz ele, "segundo algumas estimativas, podemos reduzir a incidência da doença de Alzheimer pela metade. Se pudermos retardar a doença por 10 anos, quase que poderíamos eliminá-la, porque as pessoas iriam morrer em outras condições primeiro."


http://www.britney.com.br/?nid=32655

http://www.time.com/time/health/article/0,8599,1918352,00.html

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